Transmitido pela TV Globo, encontro decisivo entre Lula e Bolsonaro foi realizado a dois dias do segundo turno, que acontece neste domingo (30)
Faltando apenas DOIS dias para uma das eleições mais importantes da história do Brasil, os candidatos à presidência Luiz Inácio Lula da Silva – favorito nas pesquisas – e Jair Bolsonaro participaram nesta sexta (28) do último debate.
O encontro, transmitido pela TV Globo e com a mediação de William Bonner, foi dividido em quatro blocos com perguntas, respostas, réplicas e tréplicas sobre temas livres e pré determinados, para as quais os candidatos deveriam controlar bem o próprio tempo.

Um dos primeiros assuntos do debate foi o salário mínimo, com Lula questionando Bolsonaro por que, durante esses quatro últimos anos, o atual governo não ofereceu aumento real.
Dois termos repetidos por ambos os candidatos foram “mentira” e “mentiroso”. Enquanto Bolsonaro os usava para referir a Lula, fazia ao vivo, afirmações falsas sobre o opositor ou sua própria atuação na presidência. Foi o caso de quando acusou Lula de ir ao Complexo do Alemão para se encontrar com traficantes, ou tomou para si o programa de transposição no Nordeste.
Na temática de segurança pública, Bolsonaro mente, mais uma vez, afirmando que Bolsonaro foi ao CPX do Alemão para se encontrar com chefes do narcotráfico. Alegação já foi desmentida e constada.#Debate #LulaNaGlobo
— Diálogos do Sul Global (@dialogosdosul) October 29, 2022
Bolsonaro se utilizou também de figuras marcadas, estigmas e preconceitos já presentes no debate público no Brasil. Alguns exemplos: direito ao aborto, legalização das drogas, “ideologia de gênero”, porte de arma, Venezuela e Cuba, incluindo o programa Mais Médicos.
Sem ainda ter o que apresentar como feitos na Saúde, Bolsonaro recorre a mais preconceitos e estigmas, agora, sobre os médicos cubanos. Leia sobre o programa em: https://t.co/upCXxvvlt2#Debate #LulaNaGlobo
— Diálogos do Sul Global (@dialogosdosul) October 29, 2022
Entre os vários pedidos de resposta concedidos e negados, um notável foi o requerido por William Bonner, após ser mencionado por Bolsonaro:
Bonner também usa direito de resposta a Bolsonaro, para lembrar por quê disse que Lula – durante sabatina em agosto – não deve nada à justiça
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– Como jornalista, não digo coisas da minha cabeça, digo isso fundamentado em decisões do Supremo Tribunal Federal!#Debate #LulaNaGlobo pic.twitter.com/XyKQuQcYw3
No tocante ao combate à pobreza, Lula lembrou sobre a gama de políticas públicas oferecidas por seu governo, explicando a Bolsonaro e ao público que benefícios são se limitavam ao Bolsa Família – cujo valor foi criticado pelo ex-militar. Além disso, o atual governante repetiu fala recente de que o Auxílio Brasil é suficiente para que população não viva na extrema pobreza:
Lula lembra que há 33 milhões de pessoas passando fome no Brasil.
— Diálogos do Sul Global (@dialogosdosul) October 29, 2022
Bolsonaro diz que abaixo da linha pobreza é quem vive com menos de R$ 10, e que seu governo dá R$20. É surreal que ele queira convencer população que R$ 20 por dia é suficiente pra vida diga#Debate #LulaNaGlobo
Durante discussões sobre a temática de geração de emprego, Bolsonaro pediu que o Lula o parabenizasse pelos índices de trabalho alcançados com sua atuação. Tais índices, no entanto, são falhos, conforme lembrou Lula:
Bolsonaro pede a Lula os parabéns pelos índices de emprego de seu governo.
— Diálogos do Sul Global (@dialogosdosul) October 29, 2022
Lula lembra que medição de emprego com Bolsonaro considera MEI e informais. Vale mencionar que essas são formas instáveis, sem direitos garantidos e que tornam o trabalhador vulnerável#Debate #LulaNaGlobo
A expectativa para o segundo turno, que acontece neste domingo, 30 de outubro, é grande. Na última pesquisa Ipec, Lula figura com 54% das intenções de voto, contra 46% de Bolsonaro.
Bolsonaro: fica aqui Lula…
— Diálogos do Sul Global (@dialogosdosul) October 29, 2022
Lula: não quero ficar perto de você!
E quem quer?#Debate #LulaNaGlobo pic.twitter.com/oONLhPeH7f
A vitória do ex-presidente e candidato do PT, para governar o Brasil pelos próximos 4 anos, é a esperança de mais da metade dos povo brasileiro que há 4 anos aguarda o fim desse desgoverno de ódio, morte e violência.
* Com informações de UOL.
** Texto publicado originalmente em Diálogos do Sul Global.