A busca de Maressa

Mãe, esposa, enfermeira e professora, a bauruense é o tipo de ser humano com o qual nos deparamos uma vez na vida – e sabe-se lá quando novamente

A quinta-feira, ao 18º dia do mês de maio, amanheceu chuvosa. A terra e o gramado molhados na entrada do Centro de Referência em Moléstias Infecciosas de Bauru (CRMI), além do céu esbranquiçado, denunciavam o tempo fechado.

​Islaine Maressa Lira Pelegrina, 46 anos, bauruense e enfermeira formada pela Unesp de Botucatu (SP), estava apenas no meio do seu expediente.

Nascida em berço religioso, Maressa — como prefere ser chamada — cresceu tendo diante de si inúmeros exemplos de amor ao próximo, caridade e compaixão, principalmente do pai, Nilton Baro. Hoje, seguindo os passos dele, ela se dedica a fazer o bem aos seus pacientes portadores do vírus HIV. Além disso, dá aulas de zumba tanto em Bauru (SP) como em Piratininga (SP), em lições de dança, saúde, amor próprio e alegria. No âmbito particular, se dedica a ver filha e marido felizes e realizados, além de ser uma fortaleza para a irmã e se dedicar por todos aqueles a sua volta.

​O relógio marcava 5 minutos para as 11 horas. No aposento acolhedor e modesto, que divide alternadamente com mais um proctologista e dois ginecologistas, começamos nossa conversa.

Guilherme Ribeiro: Você tem 23 anos de enfermagem, tendo iniciado a graduação em 1991. Qual foi sua motivação?

​Maressa Lira: A minha vida inteira eu gostei da área da saúde, da biologia… De início, eu me imaginava fazendo medicina e inclusive prestei o vestibular para o curso em várias faculdades. Porém, quando estava me matriculando para o vestibular da Unesp, li sobre a Enfermagem e resolvi tentar. Fui aprovada, comecei a frequentar as aulas, me apaixonei pelo curso e pela profissão e hoje não consigo me ver fazendo outra coisa. Eu amo o que eu faço!

Atualmente, eu curso outra faculdade, por outras questões… me arrependi de não ter insistido em medicina? Nem um pouco! Na medicina eu pensei em ser pediatra, porque sempre gostei de criança. Mas então vi o trabalho que poderia fazer com uma criança dentro do hospital e concluí que não havia porquê querer a medicina. No começo, foi por falta de conhecer de fato o que o enfermeiro pode fazer.​

Você é formada pela Universidade Estadual Paulista — Unesp. Poderia contar sobre a escolha da instituição, o processo de seleção na época e a experiência no curso?

​O meu curso era novo dentro da Unesp de Botucatu, tanto que eu fui da 3ª Turma de Enfermagem de lá. Na época eram aproximadamente 20 candidatos por vaga e havia só 20 vagas. Passei em 13º, graças a Deus, e logo fui chamada. Pela nota que tive, hoje sei que poderia ter tentado medicina. Mas como disse, me apaixonei tanto pelo curso e pela profissão que não quis mais saber de outra coisa. E a experiência foi ótima!

​E hoje? Como é ser enfermeira, e, sobretudo, exercer a profissão aqui no CRMI? Há quanto tempo está aqui?

​Assim que me formei, vislumbrava a oportunidade de trabalhar no Centrinho, no Hospital da Unimed ou mesmo no Estadual, que estavam sendo construídos. No entanto, eu passei no concurso da prefeitura e gostei! Sendo assim, estou na saúde pública desde 1995, mas aqui no CRMI desde novembro de 2004. E eu acho que vou me aposentar por aqui. (Maressa deixa escapar um primeiro riso entusiasmado de quem ama o que faz)

​Eu vejo todo o meu histórico dentro da saúde pública, desde 1995, como uma construção para que eu chegasse aqui. Tive a oportunidade de trabalhar como coordenadora na área de prevenção do programa de saúde da mulher e, no CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento), na área de prevenção de DST e HIV, por exemplo. Tudo isso foi construindo a Maressa que eu sou hoje como profissional, porque eu uso todos os meus conhecimentos. Eu não posso esquecer que o paciente de HIV pode ter diabetes ou hipertensão, que a mulher pode engravidar, que o bebê precisa de cuidados além dos que todo bebê comum necessita…

​A atuação aqui exige que você esteja sempre se atualizando e se especializando, correto?

​Como é um lugar em que é preciso estar sempre estudando, na época em que entrei o Ministério da Saúde tinha mais condições e estava sempre investindo, nos mandando para congressos, simpósios, fóruns… então eu fui bombardeada com informação nova. Hoje, já não conseguimos tanto participar desses eventos, mas eles estão sempre nos atualizando através de videoconferências. Nelas, temos condições de fazer perguntas e tirar dúvidas, o que nos ajuda muito.

​Diversas vezes, você lida com o momento de comunicar alguém sobre algo que tira o chão, que despedaça, que desestrutura. Depois de 13 anos, como é assumir esse papel, ser a portadora dessa notícia?

​Apesar de termos uma formação técnica com isso, mexe conosco, principalmente quando é um paciente mais jovem. Acho que o caso que mais me abalou foi o de uma mãe cujo bebê estava infectado. Eu já a conhecia de quando trabalhava no posto de saúde e ela apareceu aqui no CRMI dizendo ter descoberto estar com HIV. Ela havia sido infectada pelo marido e descobriu em seu primeiro parto. Uma vida difícil, moradia distante, de difícil acesso… Ela não aceitava essa condição e também não queria contar para o marido com medo de ser agredida. Desapareceu, abandonou o tratamento e depois de um tempo retornou aqui com os dois filhos, nos quais resolvemos fazer o teste. Graças a Deus, o do mais velho deu negativo. Quando eu fiz do pequenininho, deu positivo. Aquilo doeu no meu coração, tanto que eu não consegui passar o resultado de nenhum deles a ela. Liguei para a pediatra naquele dia e pedi que o fizesse.

​Principalmente no diagnóstico recente, a pessoa fica muito abalada e há diversas reações. Mas faz parte da nossa formação, tanto profissional, como de caráter e também de personalidade. Alguns são mais tímidos, outros mais expansivos. Eu, por exemplo, sempre fui muito falastrona (assume, rindo). Então, para mim, só agregou conhecer um pouco mais sobre acolhimento e aconselhamento: valores que fazem parte da infectologia dentro da saúde pública. É preciso ganhar o paciente para aderir ao tratamento, e se ele não é bem recebido, seu tratamento já está metade falido: é a vida da pessoa que está em jogo. Por isso, trabalhamos muito essa questão com os funcionários, e há sempre quem se destaca mais e aqueles que precisam de um pouco mais de incentivo. E, além disso, tem que ter perfil para trabalhar aqui: uma pessoa com preconceito e que por isso vai tratar mal um portador não cabe aqui, por exemplo. Nós protegemos nossos pacientes.

​A delicadeza em prestar atendimento aqui parece exigir, além do que a medicina já exige, uma compreensão e uma atenção ainda mais profundas. Seria isso mesmo?

​Antes de passarmos um resultado, há todo um trabalho de aconselhamento com o paciente para que ele se enxergue na posição de “possibilidade de portador”. Então quando você passa a notícia, ele já está preparado. Com o tempo vamos ganhando experiência e aprendemos até a antecipar o que vai sair da boca do paciente. Temos a psicóloga, porque chegam pessoas com quadros de depressão, ideias suicidas… e temos assistente social todos os dias, porque não posso falar para o paciente tomar o coquetel se ele não tem sequer um pão para comer dentro de casa. O paciente de HIV é um todo.

​E isso me faz questionar: saiu uma reportagem de que foi liberada a venda do teste de HIV nas farmácias. Essas pessoas farão esse exame aleatoriamente, sem preparo psicológico. Se quando passamos a notícia algumas já se abalam, choram… O Ministério da Saúde quer facilitar o acesso, sendo que temos o teste gratuitamente nas unidades de saúde.

​Você é casada e tem uma filha, a Gabrielle. Vocês aparentemente têm uma ótima relação e ligação uma com a outra. Poderia falar mais sobre?

Nós brigamos um pouco, que nem mãe e filha (mais uma risada, dessa vez farta). Ela tem 20 anos e cursa psicologia, então está naquela fase de grandes descobertas. Nós nos divertimos muito também. Ela foi para Colômbia em dezembro, pela AIESEC (Associação Internacional dos Estudantes de Ciências Econômicas e Sociais) e participou do projeto Doutor Patch — Doutores da Alegria, como voluntária em um hospital, onde teve grande contato com pacientes vítimas do câncer. Voltou no meio de janeiro e amou o que fez, tanto que já quer participar de outro projeto. Depois dessa viagem, uma das coisas em que ficamos mais próximas foi em relação a música. Eu tenho a Zumba na minha vida, portanto a música latina faz muito parte disso. A Gabrielle foi para Colômbia, que é a mãe da Cúmbia, Reggaeton puro, e voltou amando esses ritmos. Então agora curtimos músicas e coreografias juntas.

Um quiz postado em sua página no Facebook diz que você adora cozinhar. Procede o resultado? O que mais gosta de fazer em casa e no tempo livre?

Sim. Minha mãe cozinha muito bem, então sempre gostamos, embora ultimamente não tenha tido tanto tempo como antes. Mas aos finais de semana, sempre que posso, fazemos uma comidinha gostosa em casa. Meu marido gosta também, então se envolve com a cozinha.

​Gosto de dormir (gargalhando) que é uma coisa rara de poder fazer. Então sábado de manhã não conte comigo, principalmente se estiver chovendo… antes das 10 horas é uma tortura para eu sair da cama. Durante a semana, eu acordo geralmente as 6 horas — para estar aqui no CRMI às 7 horas — e meu dia começa sem eu saber que horas vou parar. Dou aula de zumba duas vezes por semana em Piratininga e uma vez por semana em uma academia aqui em Bauru. Tenho três cachorros que eu amo de paixão: cuidar deles é como um hobby: um momento onde relaxo, pois gosto e faço com muito prazer. E ao final do dia é quando eu e meu marido nos damos atenção, pois antes disso nos vemos apenas na hora que acordamos. Até semana passada eu estava fazendo estágio também. Geralmente tenho a sexta à noite livre e o fim de semana, quando faço as tarefas da faculdade de Educação Física, que resolvi cursar para otimizar a qualidade das minhas aulas de zumba. São dias bem corridos.

​Algo que chama muito a atenção é sua fé. Poderia me descrever sua ligação com Deus? Como conheceu a Igreja Vineyard?

​Eu cresci em um lar cristão, pois meus pais já frequentavam uma igreja evangélica quando nasci. Desde cedo aprendi sobre a palavra de Deus e vi meus pais amando e sendo tementes a Ele. Portanto, fazia parte da minha vida frequentar e atuar dentro da igreja. Por sua vez, a Vineyard entrou nas nossas vidas depois que um amigo da família a conheceu nos EUA e nos contou sobre. Eles tinham um trabalho muito forte na área da música, algo que sempre gostamos, além da estrutura e do plano de fé, com os quais nos identificamos​ muito. Começamos então a fazer contatos, eles vieram pra cá e meu pai acabou fundando tanto a Vineyard daqui quanto a de Piratininga, sendo pastor em ambas.

​Um dos seus maiores amores é a Zumba. Quando e como a conheceu?

​Eu conheci a Zumba em uma academia. Havia apenas uma instrutora com essa formação em Bauru e região, porque era algo muito novo no Brasil. E eu me apaixonei. Porém, quatro meses depois, ela foi embora. Alguns professores de Educação Física começaram a fazer a capacitação, mas eu não conseguia me adaptar com a aula de ninguém. Foi quando decidi fazer eu mesma o curso, inclusive com o apoio dessa minha professora, que hoje é uma amiga muito preciosa. De início, eu fiz o curso para mim, porque queria ter o material e fazer em casa. A dança trouxe muitos benefícios para o meu físico e me fez emagrecer bastante na época e, ao perceberem, minhas amigas quiseram saber o porquê. Eu comecei a explicar que tinha feito o curso de Zumba e elas disseram “você vai ter que dar aula pra gente”. Comecei no quintal de uma amiga e nos divertíamos juntas.

​E foi através do Instituto Paz da Vineyard que a Zumba entrou lá em Piratininga. Havia um projeto para tirar as crianças da rua, através do karatê, em que os pais participavam. E então as mães queriam algo para fazer também. Foi quando minha irmã me convidou para dar uma aula experimental e elas adoraram. E há quase 5 anos, desde outubro de 2012, eu estou lá.

​Além das aulas, eu também tenho que ensaiar. Eles nos mandam materiais novos mensalmente e temos que renovar as coreografias. Mesmo porque, depois de um período, o corpo se acostuma com o exercício e você para de ver efeito.

​Em outubro de 2016 você também promoveu o Palestra & Zumba — Outubro Rosa 2016, em Piratininga, com apoio da Vineyard e realizado pelo Instituto Paz. Como surgiu o projeto. Poderia falar mais sobre a iniciativa?

​A Zumba tem um projeto direto com a cura do câncer de mama. Por isso, ela promove anualmente, de agosto a outubro, o Party In Pink, que arrecada fundos para pesquisas na cura do câncer de mama. No Brasil, nós temos o Outubro Rosa, que é quando mais se fala no assunto. Eu não tive ainda condições de me vincular ao Party In Pink, então nós adaptamos a ocasião para nossa realidade. Como sou enfermeira e minha especialização é em ginecologia obstetrícia, aproveito para associar uma palestra que fala tanto da área da prevenção quanto das possíveis causas, além da parte emocional — principalmente pelo stress que a mulher moderna passa –, a falta de perdão — que é uma coisa que gera muitas doenças — e o tanto que tudo isso envenena nosso corpo. No fim, festejamos com uma boa aula de zumba. Elas vêm vestidas de rosa, arrecadamos brindes para sortear…

​No ano passado houve um ponto especial: minha irmã desenvolveu câncer de mama, e ela queria contar a história dela, como havia descoberto. Havia, além dela, a mãe de uma amiga minha instrutora de zumba, que descobriu estar com câncer de mama também. E tinha ainda uma mulher na igreja, vinda do Norte pra cá em busca de tratamento. As três puderam estar lá, participar, contar um pouco da sua história. Foi muito bom.

​Nesta semana, houve resultado positivo de testes em humanos de uma vacina contra o HIV. Especialistas acreditam que até 2020 teremos a cura. Quando acredita que chegaremos nessa vitória? E quanto ao acesso a essa cura, sobretudo nos países mais pobres e na África Subsaariana?

​Eu gostaria muito (esperançosa). Ouço falar sobre essa pesquisa da vacina desde que entrei aqui. O vírus é altamente mutável e, quando chegam perto, algo se modifica. Então eu espero que consigam cercar essa questão da mutação para que seja uma vacina eficaz.

​Meu pai fazia muitos trabalhos voluntários como dentista e um ano antes de falecer foi para Moçambique trabalhar nas aldeias, com ônibus adaptado para consultório. Ele nos disse que havia aldeias que estavam vazias, dizimadas pelo HIV e, em outros casos, pela malária. Então eu tenho certeza que essa é uma preocupação da Organização Mundial da Saúde caso encontrem a cura.

​Sobre ter a oportunidade de ajudar, através de uma ação comunitária, um país carente: ainda pretende? O que significaria pessoalmente dar esse grande passo?

​Eu ainda tenho o sonho de participar do Médico Sem Fronteiras, poder fazer algo por essas pessoas que precisam tanto. O meu pai fez muito isso. Nossa missão nesse mundo é fazer o bem, amar o próximo. Fazer a diferença na vida das pessoas: é uma marca que eu gostaria de deixar, assim como meu pai. Ele era uma pessoa quieta, calma, mas muito amorosa. Acolhia muito bem as pessoas e não tinha preconceitos. Meu pai derramava amor (enfatiza). Eu queria seguir os passos dele e fazer a diferença no mundo também. É um legado que ele me deixou. Amo o que eu faço e espero completar 20 anos aqui, assim como ele.

​O que te faz, quando acorda todos os dias, levantar da cama e seguir em frente? E do que tem mais medo?

​Vontade de fazer a diferença!

​Hoje, um dos meus maiores medos é perder a hora (irreverente). Porque se eu perco, tenho que sair mais tarde. Isso atrapalha a minha tarde, atrapalha a minha noite, eu vou dormir mais tarde. Mas meu maior medo é não conseguir fazer meu trabalho com excelência… perfeição eu acho que é impossível.

​Qual seu maior sonho?

​Eu tenho sonhos em todas as áreas da minha vida:

​Na Zumba, conseguir que meu corpo aguente o tempo que for possível. Conseguir fazer ao máximo a diferença na vida das mulheres que frequentam minhas aulas. Em Piratininga, a Zumba acabou se tornando um grupo de mulheres que se apoiam. Nós oramos e elas trazem pedidos de oração. Notamos que médicos começaram a tirar a medicação de alunas nossas com depressão em razão dos efeitos da dança, e pessoas que às vezes tem dificuldades em socializar por conta dessas questões fazem amizades ali no grupo…

​Enfim, atingir o maior número de mulheres possível e promover a elas saúde física, mental, emocional e até espiritual. Meu maior sonho, que era participar da convenção internacional da Zumba e conhecer Beto Perez, o criador da dança, eu já fiz: até foto com ele eu tenho.

​Na saúde pública, também fazer a diferença na vida das pessoas, transmitindo um pouco do amor de Deus para elas, o máximo que eu puder. No dia que eu morrer, que se lembrem do carinho com que eu as atendi. Não precisa nem lembrar meu nome: basta lembrar que foi atendido por uma enfermeira, em um dia que estava muito triste e que ela o fez se sentir melhor, acolhido e amado.

​Quero ver minha filha realizada, claro. Eu recebi um legado do meu pai e da minha mãe e quero transmitir algo a ela também, para que vá ainda mais longe do que eu. A Bíblia fala que os filhos são como flechas na aljava do atirador: você lança e ela vai para longe. Então, tudo o que já conquistei na vida, quero que ela vá mais longe do que eu.

​Que meu marido tenha saúde, porque ele trabalha bem pra caramba. Que seja sempre temente a Deus.

​Enfim, sonho em conseguir ajudar meus irmãos o máximo que eu puder e curtir muito meus sobrinhos que eu amo de paixão, fazendo parte da vida deles sempre.

​“Sou persistente, não desisto fácil, encaro as dificuldades como desafios. A frase que tem me norteado atualmente é ‘Não sabendo que era impossível, foi e fez’”. Encontrei essa citação em sua rede social. Procede? Poderia dizer quem é Maressa?

​Sim!!! Se tem uma coisa que me irrita muito é quando a pessoa nem tenta e quer desistir. Essa frase foi meu pai que falou e me marcou demais. Sou uma pessoa vista como teimosa muitas vezes, mas porque sou persistente. “Tudo o que está difícil, vamos achar um jeito de resolver!”. A vida não espera, não para. Alguém tem que fazer: isso me define. A persistência me define muito. A dificuldade para mim muitas vezes é um processo de crescimento na vida. Os desafios estão aí para serem vencidos, não para nos empatar. Meu maior desafio agora está sendo vencer isso aqui (aponta para o computador).

​Tudo o que faço, faço porque gosto e gosto de tudo o que faço. Porque fazer as coisas sem gostar, não dá. Já que você vai fazer, faça bem feito. Seu tempo, seu dinheiro, sua vida: você está desperdiçando caso não esteja fazendo bem feito. Nossa vida tem que ser vivida intensamente dessa forma.


Entrevista produzida para a disciplina de Produção Jornalística — Técnicas de Reportagem e Entrevista, da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp, campus de Bauru, ministrada pela Prof.ª Me. Selma Miranda.